𝐕𝐢𝐜𝐞-𝐏𝐫𝐢𝐊𝐞𝐢𝐫𝐚 𝐌𝐢𝐧𝐢𝐬𝐭𝐫𝐚 𝐥𝐚𝐧𝐜̧𝐚 𝐫𝐞𝐥𝐚𝐭𝐚́𝐫𝐢𝐚 𝐬𝐚𝐛𝐫𝐞 𝐢𝐧𝐬𝐞𝐠𝐮𝐫𝐚𝐧𝐜̧𝐚 𝐚𝐥𝐢𝐊𝐞𝐧𝐭𝐚𝐫

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𝐃𝐢𝐥𝐢,𝟏𝟐/𝟎𝟒/𝟐𝟎𝟐𝟒: O Vice-Primeiro Ministro, Ministro Coordenador dos Assuntos Sociais, Ministro do Desenvolvimento Rural e Habitação Comunitária, Engº Mariano ASSANAMI Sabino, também Presidente do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional de Timor-Leste (CONSANTL), lançou o relatório de Análise sobre Insegurança Alimentar Aguda, no Auditório Xanana Gusmão, no edifício do Ministério das Finanças, em Ai-Tarak laran.
O que é o IPC e a Insegurança Alimentar Aguda?
É um conjunto de ferramentas e procedimentos para classificar a gravidade e características das crises de nutrição e insegurança alimentar aguda, bem como insegurança alimentar crónica, com base em padrões internacionais.
O IPC consiste em funções que se reforçam mutuamente, juntamente com protocolos específicos (ferramentas e procedimentos). Os principais parâmetros do IPC incluem construção de consenso, convergência de evidências, responsabilização, transparência e comparabilidade.

O objetivo da análise IPC é indar respostas de emergência, bem como programas e políticas de segurança alimentar a médio e curto prazo. Para o IPC, a Insegurança Alimentar Aguda é definida como uma manifestação de insegurança alimentar numa área específica e num momento específico, com uma gravidade que ameaça à vida ou aos meios de subsistência, ou ambos, qualquer que seja a causa, contexto ou duração. Isso é suscetível a mudanças e pode-se manifestar em populações em momentos diferentes, como resultado de mudanças repentinas ou choques que impactam negativamente os determinantes que originam a insegurança alimentar.
Atualmente, Timor-Leste enfrenta uma situação de segurança alimentar que requer ações e atenção urgentes. No período analisado (novembro de 2023 a abril de 2024), correspondendo à temporada de menor produção e à janela de impacto elevado do El Niño, estima-se que 27% da população total (aproximadamente 360.000 pessoas) estejam enfrentando níveis elevados de insegurança alimentar aguda (IPC Fase 3 ou superior), incluindo 1% (quase 19.000 pessoas) classificadas na Fase 4 do IPC (Emergência) e 26% (cerca de 342.000 pessoas) na Fase 3 do IPC (Crise). Ações urgentes são necessárias implementar para proteger os meios de subsistência, reduzir lacunas no consumo de alimentos e minimizar estratégias de subsistência e base de alimentos para os 27% da população no IPC Fase 3 ou superior. Os principais fatores da insegurança alimentar aguda são condições climáticas adversas causadas pelo El Niño, secas e inundações devido a chuvas intensas, e a inacessibilidade aos alimentos aumenta a pobreza e os preços dos alimentos permanecem elevados.
O Vice-Primeiro Ministro afirmou que o CONSANTL é um serviço interministerial que realizou sua primeira reunião nacional hoje e também realizará reuniões em nível municipal para sincronizar e harmonizar os planos em andamento para lidar com problemas de desnutrição, insegurança alimentar e pobreza existentes.
O CONSANTL também possui uma Task-Force que envolve agências internacionais para coordenar melhor os esforços para ajudar a resolver alguns desses problemas.
“Para resolvermos esses problemas, precisamos do apoio dos agricultores para aumentar a produção e garantir a segurança alimentar, e também garantir a distribuição de alimentos para que todos tenham acesso. Mas lembro que o mais importante é cuidar do que comemos e do que cultivamos, o que queremos comer, então se possível devemos cultivar,” disse o Vice-Primeiro Ministro.
O atual governo está-se a esforçar para garantir a soberania alimentar, embora os fundos alocados ainda sejam limitados, mas continuará a cooperar com agências para resolver esses problemas o mais breve possivel.
Esta análise foi realizada com o patrocínio do Ministério da Agricultura, Pecuária, Pesca e Florestas (MAPPF) e do Instituto Nacional de Estatística de Timor-Leste (INETL), beneficiando do apoio técnico e financeiro do WFP e da FAO, bem como do Fundo Conjunto para os ODS. A classificação da desnutrição e insegurança alimentar é feita usando o protocolo IPC, desenvolvido e implementado globalmente pelo Parceiro Global IPC – Action Against Hunger, CARE, CILSS, EC-JRC, FAO, FEWS NET, Global Food Security Group, Global Nutrition Group, IFPRI, IGAD, Oxfam, SADC, Save the Children.
𝐌𝐞𝐝𝐢𝐚 𝐕𝐏𝐌-𝐌𝐂𝐀𝐒-𝐌𝐃𝐑𝐇𝐂
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